MARROCOS 2011 12º dia

Há cerca de dez anos, numa das nossas viagens em direcção a Agadir, fazendo uma estrada/pista junto à costa encontramos esta aldeia de pescadores e praticantes de surf. Durante muito tempo procoramos esta localização, face ao interesse demonstrado em fazer pistas junto à costa.

Conseguimos descobrir a sua localização depois de uma pesquisa exaustiva e lá fomos nós. Ali chegados ao falar num café (único) se haveria possibilidade de almoçar peixe decidimos fazê-lo ali. Convidados a escolher o peixe, que ainda saltava, optamos por uns linguados com salada.

No regresso a Essaouira ainda passamos pelas árvores de argan, que também dão cabras.

Viagem

“A arte da viagem induz uma ética lúdica, uma declaração de guerra ao espaço quadriculado e à cronometragem da existência“.

“Viajar supõe o desregramento de todos os sentidos“.

“Viajar solicita uma abertura passiva e generosa a emoções que advém de um lugar a ser tomado em sua brutalidade primitiva“.

“O viajante concentra estes tropismos milenares: o gosto pelo movimento, a paixão pela mudança, o desejo ardoroso de mobilidade, a incapacidade visceral de comunhão gregária, a vontade de independência, o culto da liberdade e a paixão pela improvisação“.

Teoria da Viagem de Michel Onfray

OS LAGOS TISLIT e ISLI

Uma lenda, com um claro timbre Shakesperiano explica a origem dos Lagos.

Houve um momento em que todas as fontes secaram naquela região, excepto as de Imilchil.

Duas facções de Ait Haddidou, vizinhas entre si, mas em contínuas disputas, os Ait Brahim e os Ait Yazza, decidiram promover uma trégua enquanto a situação de seca se mantivesse e alternar a ida aos lagos para se saciarem. Assim de manhã iam os Ait Yazza abastecer e de tarde os Ait Brahim.

Mas um dia uma jovem de Ait Yazz atrasou-se e coincidiu com a ida de um jovem de Ait Brahim, e aconteceu o que acontece em todas as lendas, ficam loucamente apaixonados.

A oposição de ambas as famílias àquela união, como se trata-se dos maiores inimigos envolvidos, causou tal desventura entre os amantes que as lágrimas brotaram descontroladas que daí nasceram dois lagos, que, desde então, têm os seus nomes: Tislit (a noiva thamazig) e Isli (o noivo).

As famílias, espantadas com a força e sinceridade desse amor, permitiram a união.

Marrocos, a poesia de um país..

Marrocos é uma intoxicação na sobrecarga sensorial, dos perfumes e sons que penetram nas medinas de Fès e de Marraquexe até às espantosas paisagens.Marrocos foi sempre o cruzamento das estradas entre África, Europa e o Médio Oriente, e em lado nenhum se evoca tanto este sentir como em Tânger.
De Tânger, voltando para sul ao longo da costa atlântica de Marrocos, você será acompanhado por uma brisa de mar, que massaja os baluartes das cidades maravilhosas cujos nomes – Essaouira, Casablanca, Asilah, Rabat – e a atmosfera carregam um aroma da magia africana. Viajando para leste, ao longo da costa mediterrânea você será presenteado com cidades encantadoras e com as montanhas do Rif.Se é montanhas que você ama, Marrocos tem-nas em abundância, elevando-se do Rif até ao Médio Atlas e até aos extraordinários contornos do Alto Atlas. Esta é terra para passear, em que você segue trilhos tranquilos de montanha entre vilas Berbere e campos de flores.Então, de repente, tudo muda. As montanhas abrem-se em desfiladeiros da cor da terra, o acastanhado dos kasbahs viram vermelho-sangue com o pôr-do-sol e com a sensação que se tropeçou num velho conto de fadas. Das fortalezas rochosas tais como estas, o Sahara anuncia sua presença em Marrocos com os perfeitamente esculpidos mares de areia.No fim da viagem, a solidão do Sahara é ideal para se interrogar porque é que Marrocos tem tal prestígio. A resposta é simples: não há lugar nenhum na terra tão sossegado como este.

NO DESERTO

Então, de repente, tudo muda. As montanhas abrem-se em desfiladeiros da cor da terra, o acastanhado dos kasbahs viram vermelho-sangue com o pôr-do-sol e com a sensação que se tropeçou num velho conto de fadas. Das fortalezas rochosas tais como estas, o Sahara anuncia sua presença em Marrocos com os perfeitamente esculpidos mares de areia.

Aquelas areias douradas, o peso do silêncio, as estórias que já há para contar, os amigos que visitamos, será este ano que vamos reencontrar a pequena Fatma? A sua família irá estar à nossa espera. E a criança que vinha a caminho? Terá sido um menino ou uma menina? São todas estas coisas, o tal mistério que nos tem mantido ligados a este país maravilhoso.

A T T A – Amigos do Todo Terreno de Alenquer أصدقاء الأرض كلها من سويندون

MARROCOS 2011 12º dia

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